Fazer escolhas, a isso se chama crescer. Saber abdicar do que nos é importante por razões maiores.
Razões maiores a que nos obriga a vida porque, a essa, ninguém chama de fácil.
Imputando a vida pelas nossas falhas e indecisões:
Será que o que vai, volta? Em que circunstâncias?
E procurar consolo em memórias passadas? Será reconfortante ou desgastante?
Porque se há coisa que dure são as memórias. Nutrir esperanças, sentimentos...
Reviver o passado.
O passado que não volta; Viver na sombra do que não é certo, deixar ir o que já foi e não é para ser mais.
O passado é um espelho, um espelho de reflexos. E os espelhos, por vezes, partem-se.
Olhar para trás e perceber que o que teve já não tem.
Adeus infância,
Não grites ao mundo aquilo que és,
Deixa livre os pássaros
Qua a vida é breve, e a infância mais breve ainda...
Solto as palavras porque, no fundo, quem está mais vazia do que as perguntas que se colocam, é a minha alma.